Se você acompanha os dados financeiros de jornais, revistas e telejornais, sempre vai ver as cotações do dia para o dólar comercial, paralelo e o dólar turismo.
Cada um tem sua função no mercado e são importantes para o nosso sistema financeiro. E se você ainda não sabe a diferença entre cada um deles e em quais situações eles são utilizados, iremos te esclarecer estas dúvidas.
O dólar comercial é o valor que o mercado estabelece para transações de comércio exterior e movimentações financeiras, de entrada e saída, realizadas através de processos de exportação e/ou importação por parte de empresas. Esta taxa de conversão é definida pela lei de oferta e procura de dólares no mercado e é onde o Banco Central intervém para manter a moeda com uma certa estabilidade e em um valor que seja positivo para nossa balança comercial.
O dólar turismo é a cotação que se utiliza para emissão de passagens, transações de turismo no exterior e débitos em dólar no cartão de crédito. É a cotação utilizada pelas casas de câmbio nas operações de compra de dólares por pessoas que vão viajar.
O dólar paralelo é a cotação do valor do dólar fora de meios oficiais, através de doleiros, casas de câmbio não legalizadas e utilizado em processos como lavagem de dinheiro, sonegação e tráfico. Tal cotação só existe porque transações fora dos meios oficiais movimentam uma considerável quantia de dinheiro que merece uma precificação.
O valor pago pelo dólar é sempre mais alto do que o valor de venda, a não ser que seu propósito seja o investimento em câmbio, normalmente focando em um médio ou longo prazo e variações do mercado.
Para saber a cotação do dólar correta, além de acompanhar a Bovespa, o investidor deve estar acompanhando a cotação diária pelo site do Banco Central, o órgão oficial para a precificação do dólar no Brasil.
Gostaríamos de lembrar que no Brasil, o investimento em câmbio é um mercado perigoso no atual momento. O Banco Central tem um alto nível de intervenção na precificação do dólar em nosso país, fazendo com que nossa política de câmbio flutuante praticamente não exista mais.
Para que uma compra de dólares hoje seja lucrativa no médio/longo prazo, o país deveria passar por uma grande crise de investimentos, o que não parece que vá acontecer nos próximos anos.
O que é deságio na conversão do dólar do cartão?
O ágio e o deságio são expressões usadas no mercado financeiro para definir o valor adicional de um título ou produto ou uma aquisição feita abaixo do valor de mercado.
O ágio define-se como o valor adicional cobrado em operações financeiras, sendo utilizado para diversos tipos de transações comerciais.
Em um leilão onde há um valor mínimo de lances, por exemplo, o ágio é a diferença entre o valor do lance final e o lance mínimo. Em operações de câmbio, é considerado ágio o lucro resultante do câmbio da moeda ou da troca de papéis de crédito por dinheiro. Também é o conjunto das despesas que oneram as operações bancárias.
Já o deságio é a diferença entre o valor total de um título qualquer e um valor pago que seja menor do que esse valor total, menor do que o valor real do produto. A rentabilidade dessa compra será maior, devido à compra em melhores condições de preço.
No caso do uso do cartão de crédito, vamos explicar como funciona este ágio e deságio.
A diferença entre a taxa cobrada para o dólar em uma fatura de cartão no dia do fechamento e na data de pagamento configuram o ágio ou deságio.
Conforme você já deve ter notado, sempre que você faz uma compra em moedas estrangeiras, aparece em sua fatura uma cotação do dólar para o dia do fechamento da fatura.
Se você for no site do Banco Central e ver a cotação do dólar, o valor pode estar diferente, uma vez que ele é apenas uma referência para cálculo aproximado dos valores, e não uma taxa obrigatória.
Como a fatura do cartão de crédito é fechada com anterioridade ao dia do pagamento, na fatura do mês seguinte pode ocorrer diferença para mais (ágio) ou para menos (deságio( em função da variação da taxa praticada pela instituição entre o dia do fechamento da fatura e o dia do pagamento.
Então, quando você ver na sua fatura um valor a mais ou a menos após um gasto em dólares no mês anterior, você já compreende agora que é o ágio ou o deságio em relação à data do pagamento de sua fatura, o que é bem justo para com o cliente que utiliza o cartão de crédito. Só é um pouco ruim quando a diferença é paga ao banco ao invés de ser creditada em sua fatura, mas são riscos inerentes à transações que envolvem o câmbio.
Fonte: creditooudebito.com.br/
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